Gerar ROI (retorno sobre investimento) é algo que todo gestor deseja, certo? Mas esse desejo sempre envolve um belo conjunto de estratégias que devem ser seguidas para que esse objetivo seja finalmente alcançado. Para um gestor de viagens corporativas é essencial compreender as falhas que seu programa de viagens possa estar apresentando para redefinir esses problemas sob um pensamento estratégico que irá norteá-lo rumo ao ROI.
É impossível gerar ROI, por exemplo, se o gestor não estiver muito bem conectado ao segmento, aos funcionários da empresa, à política interna e à mentalidade do presidente e outros gestores, além de ter ótima relação com seus fornecedores e fazer uso de novas tecnologias. Sempre há algo para melhorar, e um bom gestor de viagens corporativas é alguém que entende isso perfeitamente, identificando problemas e possibilidades de melhoria, redefinindo seu programa de viagens e mirando a linha do gráfico do ROI lá para cima.
Se você é um gestor assim, veja abaixo o que deve redefinir em seu programa de viagens para não apenas gerar ROI na sua empresa, mas para ter igualmente um retorno positivo sobre seu programa porque ele se alinha com os objetivos intencionados por cada um dos gerentes e colaboradores que fazem a empresa “acontecer”:
Primeiro, tenha uma boa política de viagens corporativas na empresa. Tenha uma boa política, bem parametrizada dentro das necessidades da empresa e, sobretudo, conheça muito bem essa política, tendo total domínio sobre ela e garantindo que ela seja compreendida e cumprida por cada um dos funcionários da empresa. Uma boa comunicação interna, objetiva e sem margem para interpretações dúbias pode evitar equívocos e garantir o cumprimento responsável dessa política. Gerar ROI deve ser uma meta implícita no programa de viagens da empresa e os funcionários devem entender a importância da colaboração de cada um deles para que essa meta seja atingida.
Nesse sentido é fundamental entender muito bem quem (ou qual pensamento) irá definir a viabilidade da viagem, já que uma política de viagens cuja mentalidade se oriente pelo departamento financeiro pode estar centrada em reduzir custos, controlar gastos e, portanto, reduzir o número de viagens. Enquanto isso, uma política de viagens corporativas mais orientada pela mentalidade de um diretor comercial pode, por exemplo, estar muito mais focada em encontrar novas oportunidades para o crescimento da receita da empresa. O retorno sobre investimento (ROI) deve não somente mirar o fechamento de novos contratos, mas sim a receita retornada a partir desses contratos vs. custo das viagens.
Isso só é possível se você souber controlar os gastos com as viagens corporativas, pois só é possível gerar ROI se você entender muito bem os investimentos que está fazendo e para onde estão sendo direcionados. Entender “o caminho do dinheiro” é fundamental: de onde ele sai, que caminho percorre e seu destino final, ou seja, para onde ele é direcionado. Para o cumprimento dessa etapa vale fazer uso de programas de gestão, emissão de relatórios, controle de notas, mas também ter uma excelente negociação com companhias aéreas, empresas hoteleiras, empresas de veículos e todos os demais fornecedores que eventualmente você possa contatar.
Mas nunca perca a visão abrangente sobre suas possibilidades. Controlar gastos não significa se prender somente ao preço da viagem, mas envolve analisá-la enquanto uma oportunidade. Segundo o chefe executivo da Guild of Travel Management Companies (GTMC) Paul Wait, “em vez de apenas mirar a redução de custos [com as viagens corporativas], devemos estar pensando em construir negócios”. Essa mentalidade pode ser decisiva ao conectarmos o investimento feito com o seu retorno.
Para isso, faça uma análise rigorosa sobre a importância de cada viagem. Uma viagem com intenção de investimento deve, necessariamente, gerar algum tipo de retorno no futuro: você gasta agora para ter um retorno maior mais para frente. Analise se a viagem representa realmente um investimento que pode retornar um bom negócio ou um desenvolvimento pessoal do funcionário e que possa maximizar o potencial da empresa a médio ou longo prazo. Os valores gerados que cobrirem o valor investido caracterizam o investimento e o diferem de uma “despesa”. Já os valores extras podem ser identificados como um retorno sobre o investimento, ou seja, a empresa está sabendo sim como gerar ROI através de suas viagens.
Não se esqueça que a tecnologia está aí para ajudar, então não tente fazer individualmente as etapas repetitivas e que poderiam muito bem ser automatizadas. Tempo é dinheiro, como diz o ditado. Investir em tecnologia para aprimorar seu programa de viagens pode ser um bom investimento, desde que estas tecnologias estejam fundamentadas em te ajudar a reduzir seu gasto de tempo e, claro, melhorar o gerenciamento do dinheiro investido e retornado pelas viagens a negócio.
Seja um perfeito analista estratégico e emita relatórios frequentemente. E com os relatórios em mãos, mensure, compare resultados e identifique falhas e acertos de seu programa. Pois, se você deseja gerar ROI, é importante acompanhar suas estratégias para verificar se elas estão funcionando corretamente. É importante que essa gestão seja feita com certa recorrência, sendo comparada por períodos – mês a mês, ano a ano. Isso irá proporcionar maior solidez a seu programa de viagens corporativas e lhe oferecer maior visibilidade sobre os problemas que poderão ser corrigidos com velocidade e eficiência.
E, finalmente, acompanhe as novas tendências no segmento. Não se acomode quando estiver (ou parecer) tudo muito bem alinhado. O setor de viagens corporativas está em processo de mudanças constantes, por isso é importante estar sempre conectado ao que há de mais atual e que pode ser implementado, gerando retorno financeiro para sua empresa. Um bom gestor de viagens corporativas é alguém que deve manter o olhar rumo ao horizonte, vendo sempre além e antecipadamente os problemas e oportunidades que o futuro irá trazer.
